Entidades empresariais de diversos setores da economia se encontraram com o presidente interiro Michel Temer e integrantes de sua equipe econômica, nesta quarta-feira (08) no Palácio do Planalto. Compareceram representantes de cerca de 200 entidades, entre elas a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap).

“Trabalhamos pelo desenvolvimento do País. Precisamos agir juntos”, disse George Pinheiro, presidente da CACB. Ele ressaltou a importância de manter a união e o foco nas medidas políticas e econômicas necessárias para salvar o Brasil. “Se isso significa apoio político, então vamos dar apoio político. O que não podemos é deixar de agir.”

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, listou os cinco pontos que merecem atenção do governo no curto prazo. O principal é o não aumento de impostos. Depois deste, vêm a redução dos juros, o destravamento do crédito, o desengessamento dos investimentos em infraestrutura e o estímulo à exportação. “No momento em que a confiança for retomada, da nossa parte, vamos acelerar ao máximo os investimentos”, afirmou Skaf. “Vamos fazer com que o Brasil saia deste círculo vicioso de não ter investimento, não ter consumo, não ter emprego, para um círculo virtuoso de investimento, consumo, emprego, geração de riqueza, empreendedorismo, tudo aquilo que forma uma nação.”

O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou que o governo em exercício tem buscado soluções com regras claras e transparentes. Segundo ele, desde o ministro Delfim Netto, não se tem uma equipe econômica tão alinhada no que diz respeito à teoria econômica, o que significa a concordância ideológica. “O Brasil já não aguenta mais viver na ilusão. Essa equipe tem um diagnóstico que é comum a todos os brasileiros”, defendeu.

O presidente interino Michel Temer defendeu que o País precisa ser “reinstitucionalizado”, visto que se perdeu o respeito pelas instituições nacionais. “O primeiro direito social é o emprego e ele só virá se houver a atuação da iniciativa privada. Confesso que essa coisa de ideologia hoje está fora de moda e o que as pessoas querem é resultado”, disse.

Em encontro no restaurante Le Jardin du Golf, as entidades empresariais se reuniram para discutir os pontos mais importantes para o setor produtivo. Entre outros pontos, foi mencionada a importância da reforma trabalhista e o combate à inflação. Após evento no Palácio do Planalto, os empresários e governantes seguiram para almoço no Palácio do Jaburu.