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Fonte: Giliane Perin Secom - Governo de Rondônia
02 de Março de 2018
Cacoal terá indústria de cosméticos
A visita do vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, e do Superintendente Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura, Basílio Leandro de Oliveira, à Coréia do Sul, em julho de 2017, já rende frutos também para o município de Cacoal.
Os estudos apresentados por eles sobre o potencial rondoniense despertou o interesse de empresários sul-coreanos que viram, na parceria com o governo estadual e empresários locais, as possibilidades e vantagens de investir em Rondônia.
Uma prova disso é a presença dos empresários Chamg Hwan Lee, Bong Jim Eom e Marcelo Lee em Cacoal, onde assinaram, junto ao Governo de Rondônia, o termo de compromisso para a implantação de uma indústria de cosméticos em parceria com o empresário cacoalense Lucas Borghi.
A assinatura do termo pelos empresários sul-coreanos e cacoalense, vice-governador e superintendente de desenvolvimento foi feita na presença de empresários de Cacoal, autoridades municipais e estaduais, na Associação Comercial e Industrial de Cacoal.
Nascido na Coreia do Sul e crescido no Brasil, em São Paulo, Marcelo Lee foi o primeiro a estabelecer contato com o governo de Rondônia, se tornando peça fundamental para consolidar a parceria entre os sul-coreanos e rondonienses. Marcelo Lee faz parte da empresa Rok Gear Korea, formada por empresários interessados em relações comerciais entre os dois países. Foi na companhia de Marcelo, por exemplo, que o empresário Lucas Borghi visitou diversos empresários e investidores sul-coreanos em busca de prospectar novos negócios e investimentos para Cacoal. Algo que deu certo e já começa a se tornar realidade.
“Essa parceria surgiu naturalmente pelo interesse da Coréia do Sul em exportar a tecnologia e do Brasil de se beneficiar com essa tecnologia, aumentando a rentabilidade e também gerando mais empregos. A partir daí, diversas delegações da Coréia do Sul já vieram ao estado de Rondônia e várias delegações de Rondônia já visitaram a Coréia. A partir daí vários acordos já estão surgindo e sendo firmados. A assinatura do termo de compromisso, em Cacoal, consolida essa parceria com a instalação da primeira empresa, que é esta de cosméticos. E isso se deve ao apoio total do governo, através do vice-governador Daniel Pereira, que acreditou nesta parceria e, inclusive, nos colocou como representantes oficiais do Governo de Rondônia na Coreia, para tratar dos interesses comerciais e relacionamento com empresas”, destacou Marcelo Lee.
Do café aos cosméticos
“A Coréia do Sul tem uma população bem menor que a brasileira, seria uma proporção de um sul-coreano para cada quatro brasileiros. Mas isso em uma extensão territorial que é três vezes menores que o estado de Rondônia. Na Coréia do Sul eles tem 90 mil cafeterias e não plantam um hectare de café. Então fomos lá apresentar a nossa produção, não só de café, mas de tudo o que plantamos, produzimos e oferecemos no estado de Rondônia”, destacou o vice-governador Daniel Pereira, ao explicar o motivo do interesse da Coréia do Sul em estabelecer parcerias comerciais.
Após o Governo de Rondônia atrair os olhares dos sul-coreanos para as potencialidades da região, o jovem empresário Lucas Borghi não perdeu a oportunidade e viajou à Coreia do Sul, como um representante do café rondoniense. Em uma agenda que duraria praticamente uma semana, o empresário de Cacoal estabeleceu uma parceria voltada ao café já no segundo dia de visitas em Seul.
“Nós temos buscado inovar os investimentos em Cacoal, trazendo tecnologia e inovação e agora surgiu essa nova parceria com os coreanos. E isso é importante para o desenvolvimento do estado e até mesmo do país. Hoje o Brasil é um grande vendedor de commodities. Nós vendemos a nossa matéria prima para outros processarem, industrializarem e agregar valor. Agora nós queremos agregar valor com a nossa matéria prima, que é produzida aqui em Cacoal, em Rondônia e em nossa região. Isso traz enormes benefícios econômicos e sociais, em relação à geração de empregos, qualificação profissional. Queremos desenvolver a nossa região, crescer junto com ela e não apenas nos aproveitarmos dela”, destacou Lucas.
De acordo com o empresário cacoalense, o interesse do investimento em uma indústria de cosméticos é justamente devido às potencialidades da região, através da sua flora e fauna. “Quando se fala em cosméticos e em dermocosméticos, para o tratamento da pele, nós temos inúmeros vegetais e minerais que são encontrados em nossa região. Produtos amazônicos já são uma referência neste segmento e são levados para serem industrializados fora e voltam para nós já prontos. Nós mandaremos para fora a nossa matéria prima, mas já como produtos prontos para serem comercializados além das fronteiras de Rondônia, tanto no mercado nacional como internacional. Vamos agregar valor ao que produzimos, ao que industrializamos”, concluiu.
A expectativa é de que dentro de seis meses, a indústria já esteja estabelecida e em funcionamento em Cacoal, gerando empregos e contribuindo com o desenvolvimento econômico de todo o estado de Rondônia. A princípio, a indústria iniciará apenas com a produção de máscaras faciais voltadas para o tratamento da pele, mas os planos para o futuro, segundo Lucas Borghi, vão muito mais além.
“Nos países asiáticos o uso das máscaras para tratamento facial é algo muito comum e uma máscara pode ser adquirida por poucos centavos de dólares. Aqui no Brasil, ainda é algo pouco conhecido e utilizado, devido ao custo. A mais barata que encontramos, custava aproximadamente vinte reais, a unidade. São mascaras produzidas na Coréia, mas devido aos custos para exportação, tem aqui no Brasil um preço final muito elevado”, explicou Lucas.
A promessa dos empresários é para que, a partir da implantação da indústria em Cacoal, seja oferecido um produto com a mesma qualidade e com um preço acessível a todos.
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